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Autoteste da Covid-19 e vacinação infantil são destaques da semana

    A semana começa com a pendência da liberação por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dos autotestes para diagnóstico de Covid-19. A busca por exames disparou diante da disseminação da variante Ômicron. O Ministério da Saúde encaminhou uma nota técnica com pedido de autorização na quinta-feira (13) à agência.

    Por determinação da Anvisa, no Brasil não é permitida a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. Apenas as farmácias realizam o procedimento. Com uma sensibilidade considerada alta, o exame se dá por meio da coleta de material do nariz com um swab (haste flexível com ponta de algodão) ou pela saliva. O propósito da liberação da comercialização do chamado autoteste é permitir uma estratégia de testagem massiva no Brasil.

    O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, no domingo (16), para anunciar ter encaminhado à Anvisa informações sobre a medida no âmbito do que chamou de Plano Nacional de Expansão da Testagem. No post, ele também defendeu a implementação dos autotestes. "O uso do autoteste pode garantir o início mais rápido das ações para interromper a cadeia de transmissão", escreveu.

    Com a disparada de infecções da Covid-19 nas primeiras semanas de janeiro, o Brasil voltou a ocupar o ranking dos dez países com mais atualizações de casos. Ao registrar quase 98 mil novos pacientes que tiveram resultado positivo para a doença em 24 horas, o Brasil está na sétima posição internacional.

Vacinação infantil

    Depois de mais de um mês levantando questionamentos sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19, o Ministério da Saúde acabou recuando e decidiu vacinar o público desta faixa etária. E a entrega de vacinas aos estados sofreu atraso em relação ao cronograma original divulgado pela pasta que alega que mudança ocorreu por questões logísticas que envolvem alterações de voos e o processo de liberação dos imunizantes.

    Ao menos nove capitais do país iniciaram no sábado (15) a vacinação infantil no sábado (15). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a aplicação da dose só começa nesta segunda-feira (17). A carga com as vacinas pediátricas da Pfizer chegou ao Brasil pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas, na quinta-feira (13).

    O Brasil deve receber 4,3 milhões de doses da vacina para crianças neste mês. Na última segunda-feira (10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a antecipação de 600 mil doses desse total. O governo informou que a Pfizer deve entregar mais 7,2 milhões de doses em fevereiro e 8,4 milhões em março.

    A vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 foi aprovada pela Anvisa em 16 de dezembro passado. A imunização será feita em duas doses com um intervalo de três semanas entre elas. De acordo com Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamento da Anvisa, a segurança do imunizante e o número de infectados com Covid-19 nessa faixa etária foram determinantes para a aprovação.

    A vacinação infantil tem sido criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e servidores da agência envolvidos na liberação passaram a ser alvo de ameaças. Ele voltou a levantar suspeitas sobre a segurança da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19, na última quarta-feira (12). O chefe do Executivo federal minimizou o número de mortes nessa faixa etária e comentou que a vacinação não justifica os "efeitos colaterais".

  O estado de São Paulo começou a campanha de vacinação infantil na sexta-feira (14) e o Distrito Federal começou no domingo (16). No entanto, o GDF afirmou na quarta-feira (12) que o primeiro lote de vacinas destinadas à imunização infantil seria suficiente apenas para um dia de vacinação.

Fonte: R7

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