A administração municipal está se adequando à realidade financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus, que já se estende há mais de três meses. Neste período, as quedas de receita estão sendo elevadas e conforme as informações e/ou projeções, o cenário deve piorar. Por este motivo, o governo bom-jesuense está tentando manter ao máximo a leva de serviços prestados e oferecendo aos munícipes atendimento próximo ao normal, inclusive com obras em andamento e sendo concluídas, mantendo os trabalhos nos setores regulares, com as restrições obrigatórias e necessárias.

Sabendo que o cenário atual pode piorar, a administração situa que as restrições vão chegar, a arrecadação não será suficiente para continuar em ritmo normal de serviços e novas atitudes serão necessárias, algumas drásticas, para manter o município em dia com seus compromissos, o que até o momento está acontecendo. Cada decisão será avaliada a fim de não comprometer o município financeiramente.

Como demonstração da queda das receitas, observando a diferença entre o ano 2019 e o ano atual, nestes três meses que se iniciou a pandemia (março, abril e maio), a diminuição do ICMS e FPM foi de R$ 389.595,71, sendo um percentual de 12,80%.

Conforme a administração municipal, o governo federal, em forma de ajuda, está fazendo a compensação das perdas de FPM no mês seguinte, o que esta ajudando. Porém, esta prática será somente por quatro meses, ou seja, até julho, sendo que a partir daí, se não for compensado, a receita irá despencar. Somente em maio, a queda da receita municipal entre FPM e ICMS foi de R$ 270.664,54 - o que reflete um percentual de 24,24%.

Segundo prefeito, Ronaldo Luiz Senger, se as quedas continuarem neste ritmo, gastos deverão ser cortados para tentar conter as perdas financeiras. "Possivelmente tenhamos que diminuir a lista de serviços, restringir atividades e planejar ao máximo para não deixar de cumprir os compromissos básicos. Já estamos em ritmo de contenção de gastos, porém tentando atender as demandas nas diversas secretarias, mas não sabemos até quando isso vai ser possível"`, destaca.