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Trump surpreende na ONU ao abraçar Lula e falar em “excelente química” entre os dois
Apesar do aceno pessoal, presidente dos EUA voltou a criticar Brasil e justificou tarifas como resposta a suposta interferência em direitos de cidadãos americanos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu nesta terça-feira (23) ao relatar um encontro breve e amistoso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo Trump, os dois se abraçaram no corredor antes de seus discursos e chegaram a combinar um novo encontro.
“Preciso contar para vocês, eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Eu vi ele, ele me viu, e nós nos abraçamos. Tivemos uma química excelente por 39 segundos. Ele parece um homem muito legal, gostei dele”, declarou o norte-americano, arrancando risos.
Apesar do tom descontraído, Trump manteve críticas duras ao Brasil e justificou a imposição de tarifas como reação ao que classificou como tentativa de interferir nos direitos de cidadãos americanos. “Estamos batendo neles de volta com força”, afirmou, acusando o governo brasileiro de censura, repressão e corrupção judicial.
O discurso ocorre em meio a sanções impostas pelos EUA, que incluem a revogação de vistos de oito autoridades brasileiras e o enquadramento de Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, na Lei Magnitsky. As medidas foram anunciadas após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Recado de Lula
No mesmo palco, Lula usou seu discurso de abertura — tradicionalmente reservado ao Brasil — para rebater as declarações do governo americano. Sem citar Trump diretamente, criticou as sanções e defendeu a independência do Judiciário.
“Não há justificativas para medidas unilaterais contra nossas instituições e nossa economia. Agressão contra o Poder Judiciário é inaceitável”, afirmou. O petista também destacou que a condenação de Bolsonaro representou um recado a “candidatos autocratas”.
“Mesmo sob ataques sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos. Não há pacificação contra a impunidade”, completou Lula.
Foto: Poder 360
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