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Caminhoneiros anuncia possível greve nacional nesta quinta-feira

Uma parcela dos caminhoneiros autônomos planeja iniciar uma greve em todo o país nesta quinta-feira (4), liderada pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). Apesar do anúncio, grande parte da categoria demonstra resistência ao movimento e teme que a mobilização seja utilizada com fins políticos.
Entidades representativas, como a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) e a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), afirmam que não há adesão oficial e reforçam que os caminhoneiros não querem ser usados como “massa de manobra”.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até às 8h desta quinta-feira, não havia registros de bloqueios ou manifestações no Distrito Federal e Entorno. A real dimensão da paralisação ainda é incerta, já que há divergências internas entre grupos da categoria.
A UBC afirma esperar que cerca de 20% dos caminhoneiros autônomos participem inicialmente. Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, declarou ao Broadcast Agro que o movimento possui "embasamento legal" e reforçou que a participação é voluntária.
Na terça-feira (3), a entidade entregou ao governo federal um documento com 18 reivindicações, entre elas:
- revisão e estabilidade contratual para caminhoneiros autônomos;
- reformulação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas;
- atualização do piso mínimo do frete, especialmente para veículos de nove eixos;
- congelamento de dívidas por 12 meses;
- linha de crédito de até R$ 200 mil;
- aposentadoria especial após 25 anos de atividade;
- isenção de pesagem por eixo;
- destinação de 30% das cargas de estatais para autônomos.
A UBC solicita uma resposta oficial até esta quinta-feira.
Possível motivação política
Há especulações de que a mobilização teria ligação com discussões sobre anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro ou com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Chicão negou as motivações políticas e afirmou que o pedido de anistia seria apenas para caminhoneiros punidos em paralisações anteriores.
Impacto e posicionamento das entidades
Federações e associações do setor avaliam que uma paralisação neste momento pode gerar prejuízos ao país. A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) declarou que respeita o direito à manifestação, mas defende o diálogo como solução e alerta para os impactos econômicos.
Nos bastidores, as chances de paralisação significativa em Santa Catarina são consideradas baixas, já que a maior parte dos motoristas no estado possui vínculo empregatício, enquanto a mobilização é liderada por caminhoneiros autônomos.
📌 Fonte: ND+
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